terça-feira, 3 de outubro de 2017

Você tem a marca da promessa...

Graça e Paz!

“Em quem também vós estais depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.” (Efésios 1:13-14)

Nesta noite quero falar das promessas de Deus, Ele nos marcou com muitas, pois na bíblia existem 8.000 promessas para nossa vida, e que só depende de nós buscarmos, saiba que Deus te escolheu e Ele tem um propósito para sua  vida, Ele sempre tem algo preparado para o  teu coração, pois até mesmo antes sermos gerados no ventre materno  Ele já nos conhecia. Salmo 139

Quero dar um tema para a mensagem.  – Você tem a marca da promessa?

Introdução

Mas o que é promessa?

A promessa vem do verbo prometer, e significa  obrigar-se a fazer alguma coisa; dar esperança; compromisso, e o nosso Deus fala e faz, pois a bíblia diz que Deus não é homem, para que minta nem filho de homem para que se arrependa; porventura, diria Ele e não faria? Ou falaria Ele e não confirmaria? Eis que recebi mandado de abençoar; pois Ele tem abençoado, e eu não posso revogar. Num 23:19-20.

Há uma canção que diz assim: “Mas quem vai apagar o selo que há em mim, a Marca da Promessa, que Ele me fez, e quem vai impedir se decidido estou, pois Ele prometeu, é Fiel pra cumprir, o Meu Deus, nunca falhará, eu sei que chegará minha vez, minha sorte Ele mudará, diante dos meus olhos…”.

Existem marcas que a vida nos deixa, que jamais serão apagadas. Conheço pessoas que perderam um filho em acidente de carro, e a dor e o vazio deixados por este trauma somente é superado pela graça, pelo amor e pela misericórdia do Senhor.

Paulo, pelo Espirito Santo, escreveu aos crentes de Éfeso dizendo que eles estavam em Cristo e haviam recebido um selo, ou seja, uma marca. Uma marca que Jesus havia antes prometido, portanto, a marca da promessa. Marca esta que consiste na presença gloriosa do Espirito de Deus que Cristo, nos seus, fez habitar.

Nos dias em que estamos vivendo, dias em que a teologia da prosperidade material está em voga no meio do povo de Deus, quando se fala em “Marca da promessa”, a maioria logo pensa em um carro novo, em uma casa luxuosa ou em muito dinheiro no banco. Mas a marca da promessa de Deus nas nossas vidas é algo muito superior a tudo isto, é o melhor que Deus poderia dar aos seus filhos, e Jesus falou sobre isto: “Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lucas 11:13). Melhor e mais valioso do que qualquer riqueza deste mundo é a presença do Espírito Santo habitando em nós, nos guiando em toda a verdade de Deus.

Deus amou de uma forma profunda a todos os seres humanos que ele criou, tanto que deu o seu filho unigênito para morrer por cada um deles. Sendo assim, ele deseja muito marcar a todos com o seu Espirito Santo prometido. Porém, o Senhor não é intruso, por isso ele precisa da autorização de cada um de nós para vir em nós habitar. Mas de que maneira podemos lhe dar esta autorização? Dando ouvidos a sua palavra. Crendo verdadeiramente no seu santo evangelho.

Veja que Paulo disse àqueles crestes que eles estavam em Cristo, mas isto só ocorreu, diz ele: “depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação”. E como uma consequência natural do crer neste evangelho, eles receberam também a marca do Espirito santo: “tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” Esta marca, portanto, é para aquele que crê no evangelho e o coloca em prática em sua vida!

Além de ser a marca da promessa de Deus em nossas vidas, a palavra também diz aqui que o Espirito Santo é o “penhor da nossa herança”. Penhor fala de garantia, nos tempos bíblicos era comum que quando alguém fizesse uma promessa a outrem ele lhe desse algo como garantia de que cumpriria a sua palavra. Deus também fez assim conosco, ele nos prometeu a salvação e a vida eterna através da fé em seu filho Jesus, mas ele não nos deixou apenas com a promessa, como garantia de que a vai cumprir, ele nos deu o seu Espírito como penhor para habitar em nós.

Se o Espírito é a marca que Deus colocou em nós como garantia e penhor da nossa herança eterna, certamente devemos cuidar para jamais perdermos a sua presença, caso contrário, perderemos também o direito a nossa herança. Certa vez Davi foi repreendido por causa de um pecado grave que cometeu, então, ele se arrependeu e escreveu um cântico em forma de oração falando do seu temor em perder a presença do Espirito Santo, o que punha em risco a alegria da sua salvação: “Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação...”(Salmos 51:11-12)

 Assim como Davi, nós também temos que zelar para que, através dos nossos pecados, não venhamos a causar tristeza no Espírito Santo que em nós habita. Pois é através da presença dele que estamos marcados para sermos salvos e redimidos por Cristo: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” (Efésios 4:30)

Fugindo do pecado, para não causar tristeza ao Santo Espírito, mantendo assim comigo a garantia da minha herança na glória.

sábado, 2 de setembro de 2017

Salmos 23: Estudo Devocional

I - Introdução

IMAGINE esta cena: As tropas filisteias enfrentam o exército de Israel. Golias, um gigante filisteu, é o desafiante. Um jovem, armado apenas de uma funda e pedras, corre ao seu encontro. Uma pedra certeira perfura o crânio do gigante e mata-o. Quem era esse jovem? Davi, um pastor que ganhou essa extraordinária vitória com a ajuda de Deus. — 1 Samuel, capítulo 17.

Com o tempo, esse jovem tornou-se rei de Israel, governando por 40 anos. Ele era um bom harpista, e compôs muitas poesias sob inspiração divina. Davi escreveu também mais de 70 belos salmos que são fonte de muito encorajamento e orientação para o povo de Deus hoje. O mais bem conhecido desses é o Salmos 23.

Acerca da relação do Salmo 23 com o salmo precedente e o subsequente, veja os comentários introdutórios do Salmo 22. Nenhuma parte das Escrituras, com a possível exceção da Oração do Pai Nosso, é mais conhecida do que “O Salmo do Pastor”. Sua beleza literária e percepção espiritual são insuperáveis. Como observa Taylor: “Ao longo dos séculos esse salmo tem conquistado um lugar supremo na literatura religiosa do mundo. Todos que o leem, independentemente de idade, raça ou circunstâncias, encon­tram na beleza pacífica dos seus pensamentos uma amplitude e profundidade de percep­ção espiritual que satisfaz e domina a alma. Ele pertence à classe de salmos que exalam confiança e segurança no Senhor [...]. Aqui o salmista não apresenta um prefácio de queixas acerca das dores de enfermidades ou da traição dos inimigos, mas inicia e termi­na com palavras de gratidão pela bondade eterna do Senhor”.

Oesterley também escreve: “Esse breve e seleto salmo, provavelmente o mais conhe­cido de todos os salmos, relata de alguém cuja confiança sublime em Deus lhe trouxe paz e contentamento. O relacionamento íntimo com Deus sentido pelo salmista é expresso por duas figuras representando o Pastor protetor e o Anfitrião amoroso. A breve referên­cia aos inimigos indica que ele não estava livre da maldade e intenção perversa de pesso­as do seu povo, mas a menção delas é superficial. Diferentemente de tantos outros salmistas que são vítimas de inimigos inescrupulosos e que acabam exteriorizando sua amargura de espírito, esse servo fiel de Deus tem somente palavras de reconhecimento e gratidão pela bondade divina. Todo o salmo exala o espírito de calma, paz e contenta­mento, decorrentes de sua fé em Deus, que o torna um dos mais inspiradores do Saltério”.”


II - Significado de Salmos 23

Salmo 23 é um salmo de fé. Em seis versículos, desenvolve-se o único tema do primeiro versículo. Davi não teme nem se preocupa, pois o Senhor é o seu Pastor. Este salmo de fé apresenta duas faces de Davi. Por um lado, ele é a ovelha cujo Pastor é o Senhor. Ao mesmo tempo, uma das descrições de realeza mais comuns na Antiguidade era a do pastor. Neste sentido, Davi, como rei, era pastor do rebanho de Israel. Isso quer dizer que o Salmo 23 também é um salmo real. Embora não contenha a palavra rei, descreve o que significa ser um bom governante. Sobretudo, fala profeticamente de Jesus. Ele é o Bom Pastor, em quem o rebanho confia (Jo 10); e é o Rei, cujo mandato perfeito será instituído (Lc 23.2,3; Ap 17.14). O salmo possui dois momentos: (1) descrição do Senhor como o Pastor que cuida de toda necessidade do salmista (v. 1-4); (2) descrição do Senhor como o Pastor que estende Sua misericórdia a todos (v. 5, 6).

23.1 — O Senhor é o meu pastor. As metáforas que Davi usa para falar de Deus provêm de sua própria vida e vivência. Ele fora pastor quando jovem (1 Sm 16.19).

23.2 — Qualquer perturbação ou intruso assusta as ovelhas. São animais muito medrosos, que não conseguem deitar-se a não ser que se sintam totalmente seguros. Verdes pastos. Davi emprega uma linguagem eloquente para exprimir como visualiza o grande zelo que Deus tem para com Seu povo. Águas tranquilas. As ovelhas receiam os rios turbulentos. Mas podem ficar sossegadas porque Deus as supre com águas tranquilas.

23.3 — Refrigera a minha alma. Deus refrigera o Seu povo com Sua voz tranquilizadora e Seu toque gentil. Por isso, as ovelhas conhecem seu Pastor e são por Ele conhecidas (Jo 10.14). Por amor de seu nome. Os atos amorosos do Pastor provêm de Sua natureza.

23.4 — Vale da sombra da morte pode significar qualquer situação de aflição em nossa vida. A consciência de nossa própria mortalidade costuma se destacar quando da doença, provação ou dificuldade. Mas o Senhor, nosso Protetor, pode nos guiar em meio a esses vales sinistros e complexos até a vida eterna junto a Ele. Não há por que temer o poder da morte (1 Cr 15.25-27). Tu estás comigo. O Bom Pastor está conosco mesmo nas situações que pareçam mais complicadas e angustiantes. A tua vara e o teu cajado. Os pastores da Antiguidade usavam a vara e o cajado para resgatar, proteger e guiar as ovelhas. Assim, se tornaram símbolos do amoroso zelo do bom Pastor sobre Seu rebanho. As ovelhas não ficam sós; o pastor está constantemente a seu lado, orientando-as para local seguro — assim também o Senhor paira sempre sobre nós a nos proteger.

23.5 — Uma mesa perante mim. A providência de Deus é tão abundante que é como se Ele nos tivesse preparado um banquete. Unges. No antigo Oriente Médio, o convidado de honra de um banquete costumava ser ungido com azeite de oliva perfumado. O meu cálice. A providência de Deus é tão exuberante quanto o vinho oferecido a um convidado por um anfitrião amplamente generoso. O lauto tratamento dado aos convidados é uma amostra do zelo que Deus tem pelo Seu povo.

23.6 — O uso tanto de bondade quanto de misericórdia para descrever o amor leal de Deus intensifica o sentido de ambas as palavras. O que o salmista destaca no versículo 5 é a abundante misericórdia de Deus — Seu amor imerecido por nós. O verbo hebraico seguir refere-se aqui a um animal caçando. Quando o Senhor é nosso Pastor, em vez de sermos perseguidos por feras selvagens, somos seguidos pelo Seu amor. Na casa do Senhor por longos dias. A promessa de Deus aos israelitas não era somente do usufruto desta vida na terra prometida (Sl 6.1 -3); mas valia também para o usufruto total de vida eterna em Sua abençoada presença (Sl 16.9-11; 17.15; 49.15

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Você deve uma resposta a Deus?

ORDEM

O profeta Jonas recebe uma ordem de Deus (uma palavra pessoal revelada), para ir a Nínive e pregar contra ela, dizer que sua maldade havia chegado ao Céu, e se não houvesse um profundo arrependimento, a destruição seria inevitável.

Jonas, porém, faz um caminho oposto à ordem divina, e toma um navio para Társis na Espanha, fugindo assim da determinação de Deus. É interessante que o Espírito Santo fez questão de usar a palavra “fugir”, várias vezes no livro ( Jn.1:3,4:2).

Se o Senhor fez questão de registrar a fuga de Jonas, alguma coisa Ele nos queria revelar, pois Deus não faz nada sem propósito. Na verdade, o profeta tornou-se um fugitivo em relação a Deus.

Vamos ver então, que exemplo ele nos legou, observando as características de uma pessoa que está fugindo de Deus.

1) ELE SE OMITE

É interessante notar que Jonas, ao receber a ordem divina, não disse nem sim nem não. Ele simplesmente fugiu para outro lugar. Deus esperava uma resposta dele, e ele fica em silêncio, e ao fugir, ele se omite.

As ações divinas em relação ao homem, exige uma resposta imediata a Deus. O Senhor entenderia perfeitamente se Jonas dissesse não. Ele imediatamente levantaria outro profeta. O que Deus reprovou, foi à atitude do profeta de simplesmente fugir, sem lhe dar nenhuma resposta.

NA OBRA DE DEUS, É MELHOR ERRAR POR AÇÃO DO QUE POR OMISSÃO, QUANTO À VONTADE DIVINA!

Tem muita gente sofrendo hoje por que carregam consigo o estigma de fugitivo. Deus espera deles uma resposta (nem que seja negativa, pois Ele respeita o livre arbítrio do homem), e vivem fugindo, protelando a decisão, pois tem medo de dizer um “não” à Deus.

Deus entenderá o seu “não”, o que Deus não aceita mais é essa sua omissão em relação à resposta, essa sua vida de fuga em relação ao querer divino.

Na parábola dos talentos, Jesus deixou isso bem claro. O maior erro do que recebeu apenas um talento, foi não Ter usado aquele que recebeu. Ele subestimou aquela oportunidade e pagou caro por isso.

Seria bem mais simples ele dizer ao dono dos talentos que não queria, que desse a outra pessoa o talento, do que tê-lo escondido na terra, deixando-o sem uso durante muito tempo (Mt.25:19). Seu maior erro foi à omissão. Querido irmão, a omissão é um pecado que custa caro ao ser humano. Isso para Deus é uma fuga. Quer você queria ou não. Deus exige desprendimento. Deus espera um sim ou não. O que não dá mais é ficar postergando e protelando a Decisão. Saiba que você pode estar atrasando o plano e o trabalhar de Deus em sua vida.

Verdades Ocultas na Parábola do Filho Pródigo!

Introdução 

A Parábola do Filho Pródigo é realmente uma bela e profunda parábola, mas Jesus não a apresentou para ser uma espécie de resumo do que seja a vida cristã, mas para ilustrar uma parte do que significa esta vida. Podemos afirma que existem Verdades Ocultas na Parábola do Filho Pródigo

Por exemplo: ela não faz qualquer alusão à expiação do pecado pelo sangue de Cristo, mas sabemos que foi esta expiação que possibilitou que o pai, que representa Deus na parábola, corresse para o filho e pudesse perdoá-lo e recebê-lo para estar reconciliado com ele, apesar de toda a sua dívida de faltas e pecados cometidos contra o seu pai.

Fazer, portanto, desta parábola um resumo de todo o cristianismo é incorrer em grande erro, porque o amor de Deus pelos pecadores perdidos não se fundamenta em mero sentimento ou emoção. Seu amor se funda na eleição incondicional na qual não conta qualquer mérito da nossa parte.

O pai não recebeu o filho pelo fato de reconhecer que havia algo de valor no rapaz, ou então porque houvesse da sua parte bons atos praticados no passado que deveriam ser recompensados com o seu acolhimento. Ele fora filho no coração do pai antes mesmo de ter sido criado, mas importava que esta filiação se confirmasse pelo arrependimento e busca do pai para compartilhar da sua intimidade. Isto a parábola revela, ainda que não de modo direto.

Esta verdade está ali nela contida, sublinhada com a declaração do pai de que o pródigo se achava morto e perdido, antes de retornar ao lar.

E o que permitiu o seu acolhimento foi o arrependimento e fé na bondade e misericórdia do seu pai. Outro ponto essencial do cristianismo que não é citado nesta parábola é a ação do Espírito Santo na nossa conversão e transformação, e o esforço empreendido por Deus na sua busca incansável dos perdidos. Por isso, temos nas duas outras parábolas que nosso Senhor apresentou na mesma ocasião (Ovelha Perdida e Drama Perdida), o esforço anteriormente citado.

Sem o todo da revelação que temos em outras partes das Escrituras, e caso nosso Senhor tivesse contado a Parábola do Filho Pródigo para ser um resumo do cristianismo, o que não é o caso.

Nós poderíamos afirmar que se alguém está afastado de Deus, por sua própria iniciativa, como foi o caso do pródigo, então estaríamos autorizados a não fazer qualquer esforço com nossas orações intercessoras, e outros meios, para trazer o perdido de volta à vida.

Todavia, sabemos claramente que não temos nenhuma autorização das Escrituras para adotarmos este tipo de comportamento.

Por isso o propósito da parábola é exatamente o de demonstrar que há grande alegria no céu pela conversão dos pecadores, e que Deus está plenamente disposto a receber todos os perdidos que vierem a Ele em busca de reconciliação.

A parábola tem este grande objetivo de incentivar os pecadores a buscarem refúgio em Deus, com plena confiança de que não serão rejeitados.

Nosso Senhor havia afirmado em outra ocasião que não rejeitaria a qualquer pessoa que viesse a Ele em busca de salvação, e que jamais a lançaria fora.

Nada e ninguém poderão impedir que o pai recebesse o filho no lar celestial, nem mesmo os que tentarem impedi-lo sob a alegação de estarem servindo a Deus fielmente, como se destaca na parábola no procedimento do irmão mais velho do pródigo. Um pecador pode ser muito vil para toda e qualquer outra coisa, mas ele não pode ser muito vil para a salvação. Estas verdades podem ser vistas de modo muito claro na Parábola do Filho Pródigo. 

domingo, 22 de janeiro de 2017

Ética Cristã - A Igreja e o Estado

“Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Mt 22.21

            “A ética cristã diz respeito às normas que regem a conduta comportamental do cristão como portador de dupla cidadania, a terrena e a celestial”.

            Para governar, ensinar e disciplinar o homem, a fim de este saiba fazer bom uso do seu livre-arbítrio, foram instituídas por Deus duas fontes de autoridade, duas esferas de poder: uma religiosa (poder espiritual) e outra política (poder temporal).

            O texto mencionado trata de uma questão ética da qual pouco se fala em nosso meio. No entanto, deveríamos abordar mais assiduamente este assunto em nossas igrejas e também em nossos meios de comunicação, haja vista que somos cidadãos de dois reinos: o do Céu e o da Terra. Do primeiro falamos sempre; do segundo, poucas vezes. Isto acontece porque, a ética e uma matéria pouco conhecida do povo em geral. Porém é muito importante para o povo de Deus a prática da ética cristã.

            A Ética poder ser definida como estudo crítico da moralidade e consiste da análise da natureza da vida humana e dos padrões do certo e do errado, mediante os quais a conduta de alguém pode ser aferida e conduzida. Entretanto, a ética diz respeito às normas que regem a conduta comportamental do cristão como portador de dupla cidadania, a terrena e a celestial. Sendo o somatório de princípios que formam e dão sentido à vida cristã, a ética deve fazer parte do nosso dia-dia. Tudo o que pensamos e fazemos deve ser medido pelos parâmetros de Deus, exaradas nas Escrituras Sagradas. Nisto reside à diferença básica entre a ética genérica e a ética cristã.

            O cristão é um súdito do reino de Deus na Terra e,  como tal, tem a cumprirem os seus deveres de cunho espiritual para esse reino. Como, cidadãos do  país  que  nascemos, têm  os  seus  direitos  e deveres cíveis a zelar, como os demais cidadãos, uma vez que recebem do Estado o amparo, a segurança, os direitos e tudo que as leis nos outorgam.

            Cabe a Igreja dentro do contexto político do Estado, ressaltando a sua inteira independência e da separação que existem entre ambos, deve a mesma manter informações a respeito das normas que regem a nossa conduta comportamental dentro da sociedade que vive.