segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quem é o meu próximo?

Texto: Lucas 10. 25-35

Antes de tecermos algum comentário sobre esta belíssima parábolas do Bom Samaritano convêm explicarmos o que significa uma parábola. Parábola é uma narrativa, imaginaria ou verdadeira que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade.

Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço mental para se compreender.

E difere também da alegoria, porque esta personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de proceder, e, de viver.

Também difere da fábula, visto como aquela se limita ao que é humano e possível. O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga.

Os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homilias. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual, como esta que será motivo de nosso estudo.

Num mundo essencialmente egoísta, a parábola do samaritano é um alerta para nós. Nosso mundo, apesar de grande na extensão territorial, tem sido encurtado dia a dia por conta do avanço tecnológico, da comunicação e dos transportes. As facilidades diminuem a distância entre as pessoas, mas apesar dessas facilidades, fica uma pergunta “quem é o meu próximo e como ele está? ”