domingo, 24 de julho de 2011

As quatro estações espirituais na vida do cristão

Texto: Cantares 2.11-13

A HISTÓRIA

O mundo inteiro não era digno do dia em que este sublime Cântico foi dado a Israel. Assim expressou o “rabino” judeu Akiba, que viveu no primeiro século da Era Comum, a sua admiração pelo Cântico de Salomão.

O título do livro é uma forma abreviada das primeiras palavras: “O cântico superlativo, que é de Salomão”. No texto hebraico, é literalmente o “Cântico dos cânticos”, denotando excelência superlativa, similar à expressão “os céus dos céus” para os mais altos céus. (Dt.10:14) Não se trata de uma coleção de cânticos, mas de um só cântico, “um cântico de extrema perfeição, um dos melhores que já existiram ou que foram escritos”.

O grande Rei Salomão, glorioso em sabedoria, forte em poder e deslumbrante no brilho da sua riqueza material, que suscitou até mesmo a admiração da rainha de Sabá, não conseguiu impressionar uma jovem simples do interior por quem se enamorou.

Por causa da constância de seu amor por um jovem pastor, o rei não teve êxito. Portanto, o livro bem poderia ser chamado de “O Cântico do Amor Frustrado de Salomão”.

Deus o inspirou a compor este cântico para o proveito dos leitores da Bíblia das eras futuras. Ele o escreveu em Jerusalém. Talvez isso se tenha dado por volta de 960 a.C., alguns anos depois de terminar a construção do templo. Na época em que escreveu esse cântico, Salomão tinha “sessenta rainhas e oitenta concubinas”, ao passo que no fim do seu reinado possuía “setecentas esposas, princesas, e trezentas concubinas”.

Conteúdo do cântico de Salomão.

A matéria do livro é apresentada na forma de uma série de conversas. Há constante mudança de personagens. As pessoas que desempenham o papel das partes faladas são Salomão, rei de Jerusalém, um pastor, sua amada sulamita, os irmãos dela, as damas da corte “filhas de Jerusalém”  e as mulheres de Jerusalém “filhas de Sião”. (Ct.1:5-7; 3:5,11) São identificadas por aquilo que elas próprias dizem ou pelas palavras dirigidas a elas. O drama se desenrola perto de Suném, ou Sulém, onde Salomão está acampado com sua comitiva da corte. Expressa um tema comovente — o amor de uma jovem camponesa, da aldeia de Suném, pelo seu companheiro pastor.